É preciso mexer no mecanismo dos ventos
incendiar o medo (...)
Mas sobretudo é preciso soltar
a fera de um novo amor.
(Mario Pirata)
É preciso afugentar o mofo e os fantasmas,
tocar na vitrola um mágico Valença,
dançar um baioque e levantar a poeira
cimentada pela memória.
É preciso amar, bater o pé e cantar
feito pitangueira balanceando ao vento,
depois dançar na chuva alegre rancheira
rodopiando futuro adentro!
É preciso sentar em roda e matear
ao calor da fogueira cheirosa chaleira
relinchando nos peitos calientes folguedos
encharcados de sonhos, bravatas e beijos.
É preciso resgatar antigos diários,
trapos, cacos, retratos, fotos e farrapos,
velhas lembranças, casos, segredos e mitos
para salvá-los do imundo pó da história.
marciano lopes
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Para ouvir o poema musicado por Dré Camargo, veja Poetas No Meio do Caminho e uma homenagem à poesia de Mario Pirata
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Para ouvir o poema musicado por Dré Camargo, veja Poetas No Meio do Caminho e uma homenagem à poesia de Mario Pirata
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