
Amor, bela palavra envilecida
ou por demais gasta, tão sem medida.
(Perdido gesto, movimento incerto,
tristemente frágil ao som de um cello.)
Amor, bela palavra já sorvida.
Sempre ávida e insaciável ferida.
(Sofrido gesto, movimento incerto,
medroso e tímido diante do belo.)
Amor, apenas mente se não vivido,
bem ou mal tocado, bem ou mal bebido.
(Um novo gesto: movimento certo
derrubando barreiras, criando elos...)
Amor, doce encanto que nos enleia,
procela de sonhos em plena areia!
(Ancestral gesto: o pulsar das águas
indo e vindo sobre frágeis castelos.)
marciano lopes
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