quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Lu Galetti no Sarau Outras Palavras




Abertura do show de Lu Galetti no II Sarau Outras Palavras, realizado durante o II CONALI, em outubro de 2008.

Músicas:
a) Cabeça (letra e música de Lu Galetti)
b) Blip blip down (poema de Marciano Lopes e música de Lu Galetti)

Músicos:
Baixo e vocal: Lu Galetti
Guitarra: Loro
Bateria: Sandro Baquete
Teclados: Hanson


Para quem perdeu, uma outra chance: ele estará no
IV Sarau Outras Palavras, dia 7 de outubro,
no bar Coração Brasileiro.

O IV Sarau faz parte da 2a JIOP (2a Jornada Interartes Outras Palavras), que ocorrerá no mesmo dia e terá como tema a literatura de Franz Kafka.

Abaixo programação da 2a JIOP:

2ª JORNADA INTERARTES OUTRAS PALAVRAS (2ª JIOP)
DIA 07 DE OUTUBRO DE 2010
TEMA: FRANZ KAFKA E A LITERATURA FANTÁSTICA

MANHÃ & TARDE
Local: Teatro Oficina da UEM
Exposição permanente de fotos com apresentações do TUM

8:00 – 10:00 – Projeção do filme O processo (1962, Direção: Orson Welles), adaptação da obra homônima de Franz Kafka.
10:00 – 10:15 – Intervalo
10:15 – 11:45 – Mesa-redonda: Kafka e a literatura fantástica – Dr. Milton Hermes Rodrigues e Ms. Fábio Lucas Pierini (UEM) – Mediador: Dr. Márcio Roberto do Prado (UEM)

14:00 – 16:00 – Aula-show sobre a literatura de Franz Kafka com o prof. Dr. José Pedro Antunes (Unesp-Araraquara)
16:00 – 16:15 – Intervalo
16:15 – 17:15 – Bate-papo sobre a literatura de Kafka com os professores Dr. José Pedro Antunes (Unesp-Araraquara) e Dr. Márcio Roberto do Prado (UEM)

NOITE
Local: Bar Coração Brasileiro (Av. Cerro Azul, 412) – IV Sarau Outras Palavras


ATENÇÃO: Varal de Poesias e palco aberto à participação dos presentes

19:30 – 22:00 – Lançamento da Revista JIOP - MPB & Pop Rock com Lu Galetti, Sansão e amigos
22:00 em diante – Samba e pagode com o grupo Opção

INSCRIÇÕES: apenas R$ 30,00 através do blog Revista Outras Palavras.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Um conto de Nelson Alexandre: "Existência mínima"

Existem divisas no braço rude da fragilidade, que inspiram a redução da capacidade de metabolizar qualquer sentimento de lealdade. Ela abre a boca e mostra uma fileira de dentes como uma correia dentada num motor composto por peças que são órgãos de criaturas bizarras. Ela sopra vanguardas sob as partículas mortas de uma lenda antiga, deitada sobre as descargas elétricas de pensamentos reprimidos. Ela levanta as saias e mostra a entrada de um mundo preso por discursos políticos e fundamentalismos relacionados a mesquinharias caseiras. Ela nunca pede o meu órgão de conexão para uni-lo à sua complexa caverna de surpresas, num casulo de nódea eterna.
Ela faz jorrar os sonhos nos canais de carne viva, mostrando a sua beleza em um corpo dotado de um fino veneno. Sou o velho oráculo anexado a uma juventude que me liga a uma fonte de energia libidinosa.
Eu peço para que entre no carro. Ela dá impressão de estar desconfiada de claustrofobias autobiográficas. Pensamentos em caixas de fósforos em chamas. Finalmente partimos.
Hora ou outra dou uma olhadela nas coxas, na boca proibida que se forma naquelas pernas, e que fazem um discurso apoteótico a favor de que eu possa deslizar as mãos sobre elas. Eu vejo uma poesia suja, vestida com uma túnica de algodão, com papoulas cobrindo cada um dos seios.
Há um momento em que ela silencia a minha boca de besteiras radiofônicas, pronunciando o meu nome com brasas vivas na língua. Aparenta não querer chupar, mas quer, mas não chupa.
Língua abrasadora na glande é uma liquidação num dia em que estou duro. Eu tento a aproximação por amizade e consideração. Ataques leves com meus tentáculos de polvo faminto. Labirintos se cruzam num espaço mínimo de bolinação.
Ela corta a cena e a existência do nosso pequeno filme, assim, abruptamente. Derruba a câmera, vergando sobre mim uma acusação de total assédio, mostrando uma cara de falsa inocência que desaparece depois daquele sorriso de chupetinha não-feita.
“Qué pará?”
A noite é fria, chuvosa e nervosa em Space City.
Os dedos das minhas mãos parecem pit-bulls devoradores de mocinhas. Mas não há acordo. Apenas o velho “brigado, fulaninho!”
O som da porta batendo e se fechando. A imagem de suas costas nuas se movimentando em direção a um horizonte de discos voadores rasgando o céu e virando uma explosão de gozo solitário.
Nós existimos somente na zona proibida.
Num local ermo. Com pântanos gasosos exalando cheiros conspiradores. Gases tóxicos que estimulam o poder de ejaculação da besta de três cabeças e nenhum cérebro. Há, apenas, um número de candidatura sugando pensamentos mesquinhos. Interesses que manipulam um gado novo que é o mesmo gado velho e viciado. Engolidor de ruminações estéreis e promessas de vantagens não-cumpridas.
Nós não existimos.
O que existe, na verdade, é uma mancha negra crescendo no hemisfério direito do cérebro, em explícito boicote ao hemisfério esquerdo.
Quero que ambos se extingam.
Quero pensar numa existência mínima, desvinculada de todo empolamento de artifícios literários. Quero que ela volte. Dessa vez, não quero o desenho morto e suturado de suas costas indo em direção à gênese do nosso relacionamento natimorto. Eu a quero como todo homem quer uma mulher.
Empalada nele.

Ajude Nelson Alexandre a lançar seu primeiro livro lendo Affonso Romano de Sant'Anna

O amigo, poeta e contista Nelson Alexandre, de quem já apresentei vários poemas e vídeos na Revista Outras Palavras, está para publicar seu primeiro livro. Até aí, normal, pois mais cedo ou mais tarde, quem trilha essa estrada, dá um jeito de fazê-lo. A grande surpresa é que ele o faz com o apoio de Affonso Romano de Sant'Anna!!! E o mais incrível é a forma como isso sucedeu: publicando seus textos (poemas e contos) na internet - mais especificamente em seu blog http://encruado.zip.net/ - Nelson Alexandre foi descoberto por uma professora que ...


para saber o que ocorreu, leia o texto (publicado no jornal O Diário Norte do Paraná) do jornalista (e também amigo e contista) Alexandre Gaioto na Revista Outras Palavras.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Recuerdos" - Argentina y Uruguay



O vídeo acima foi feito pelo amigo Anjo Polenta com fotos da viagem que ele e seu orientador nos estudos de Ecologia Urbana fizeram a Buenos Aires e Montevideo, em julho deste ano, para deleites de pesquisa. É claro, deleites artísticos e literários também. Não falo pelo fato de tê-los acompanhado até Buenos Aires, mas porque Juan é um declarado admirador de Borges, o que fez com que trilhássemos um pouco a sua mítica Buenos Aires. Muito feliz na montagem (nem um pouco aleatória), Polenta teve a sensibilidade de associar a imagem do escritor ao do tigre branco, obsessão do autor muito lembrada por nosso amigo espanhol. Aliás, há várias sequencias de imagens que são sutilmente irônicas... (a da estátua de Vênus focalizada quase em closed no seu sexo seguida das imagens do macaco e dos lagartos é deliciosa, caro amigo!).

Bela narrativa ambientada no "Sul" ao som de Astor Piazzola. Perfeito!

Marciano Lopes

(Ah! as fotos foram feitas por nós três.)

sábado, 14 de agosto de 2010

Fênix - de Marciano Lopes e Tisley Barbosa

FÊNIX

Não, não é na terra
que a pá
a lavra encerra

(e menos encerra
a força da fera
que grunhe e berra
e mata sem dor).

A pá-
lavra
asas
tem olhos
e garras.

Peleja
chama
e semeia/o
cinzas
cóndor.

Fênix, Fênix, Fênix...
Fênix, Fênix...

Oh! deuses dos Olimpos
e desse inferno sagrado!
Oh! deuses dos desumanos,
dos corruptos, desgraçados!
Oh! deuses dos mentirosos,
invejosos, dissimulados!
Oh! deuses dos assassinos,
do Prometeu acorrentado!

Fênix, Fênix, Fênix...Fênix, Fênix...
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Poema de Marciano Lopes
Trecho em itálico e música de Tisley Barbosa (foto acima, feita por Fábio Pereira)
Gravação do CD A contrapelo de Marciano Lopes

Para ouvi-la e mais duas outras composições de Tisley Barbosa, clique aqui.

domingo, 8 de agosto de 2010

Lu Galetti no IV Sarau Outras Palavras

Acima, vídeo oficial da canção "Viagem à três", de Lu Galetti, cantor e compositor maringaense que estará se apresentando no IV Sarau Outras Palavras (IV SOP), dia 7 de outubro, no bar Coração Brasileiro (Av. Cerro Azul, em frente ao bar Guadalajara, quase em frente à "Praça de Patinação"), a partir das 19 h 00. O IV SOP faz parte da II Jornada Interartes Outras Palavras (II JIOP), evento cuja programação estará disponível neste blog e no blog do Projeto Outras Palavras até o final deste mês, no entanto podemos adiantar que durante o IV Sarau estaremos lançando a Revista JIOP (número 1, em formato DVD), que conterá os resumos dos paineis apresentados durante a 1a JIOP, artigos sobre literatura e artes, criação artística (poemas, contos, vídeos de música, fotos de obras de artes plásticas) e links para uma seleção de textos/postagens da Revista Outras Palavras (on-line).
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marciano lopes